terça-feira, 24 de maio de 2011

SPEED RACER


O desenho Speed Racer foi adaptado do manga “Mach Go Go Go” ("go" em japonês significa "cinco" e é também o nome do piloto) criado por Tatsuo Yoshida que narrava as aventuras de Go Mifune um destemido piloto  de corrida e seu carro cheio de truques. O sucesso do mangá foi tão grande que Yoshida e seus irmãos compraram um estúdio de animação, batizado de Tatsunoko Studios.
Em 1967 os quadrinhos de "Mach Go Go Go" viraram uma série animada de 52 episódios pelos Tatsunoko Studios. Seu sucesso mediano no Japão chamou a atenção da Tran-Lux americana, que ainda no final de 1967 levou o desenho para os Estados Unidos onde virou um autêntico fenômeno e foi incorporado à cultura pop americana. Na terra do Tio Sam a animação passou por algumas adaptações para o público yankee.
No Brasil o desenho foi exibido pelas emissoras TV Tupi, TV Record, MTV, Cartoon Network e Boomerang. No início dos anos 90, uma série americana tentou dar continuidade à série original, com resultados frustrantes. Em 1997, comemorando os 30 anos de exibição original, o estúdio Tatsunoko criou uma nova série Mach Go Go Go, com uma nova versão para o Speed Racer, desta vez chamado de Goh Hibiki.
A dublagem original de Speed Racer se perdeu em incêndios da TV Record. Ela foi gravada pela Telecine do Rio de Janeiro. Speed Racer recebeu a voz do dublador Cleonir dos Santos. André Filho dublou o Corredor X e o mestre da dublagem Orlando Drummond foi responsável pela voz do personagem Pops Racer. Quando o desenho chegou ao Brasil um erro na dublagem original acabou tornando o carrão do jovem piloto Mach 5 (leia Mak Five na versão original) em Match 5 (leia Mechi Cinco) para os brasileiros. Três anos depois, quando o Cartoon Network colocou o corredor em sua programação, o desenho foi redublado na Sincrovideo do Rio. A nova versão está impecável quanto aos nomes e termos usados, se comparada com a primeira dublagem feita na Cinecastro.
The New Adventures of Speed Racer foi uma série de animação, criada em 1993 para ser uma atualização da clássica série de animação Speed Racer. Esta nova versão americana não obteve êxito e só durou uma única temporada de 13 episódios. O desenho foi animados por Fred Wolf.
Em 2008, os irmãos Wachowski e o produtor Joel Silver, criadores da inovadora trilogia Matrix, dirigiam o filme baseado no herói japonês.
No filme, Speed Racer (Emile Hirsch) é um jovem corredor agressivo, instintivo e destemido ao volante. O único oponente à sua altura é a lembrança de seu falecido irmão, o lendário Rex Racer. Quando Speed dispensa uma tentadora oferta da empresa Royalton Industries isto deixa o dono da companhia, Royalton (Roger Allam), furioso. Logo Speed faz uma importante descoberta: que os resultados de algumas das corridas mais importantes da temporada são pré-determinadas por um grupo de magnatas impiedoso. A única maneira de Speed salvar os negócios da família é derrotando Royalton em seu próprio jogo. Para tanto ele recebe a ajuda de Trixie (Christina Ricci), sua fiel namorada, e se junta ao seu antigo rival, o Corredor X (Matthew Fox), para enfrentar o mortal rally, que tirou a vida de seu irmão tempos atrás.


Foi rebatizada de Speed Racer e todos os personagens ganharam novos nomes. O piloto Go Mifune, por exemplo, virou Speed Racer. Nos Estados Unidos o foco das histórias foi mudado do carro para o piloto.

Filho do inventor Pops Racer, Speed é um dos mais habilidosos pilotos do mundo, além de ser um dos mais jovens, com apenas 18 anos. Dirige o Mach 5, o mais avançado carro de corridas do mundo, equipado com diversos acessórios especiais. Speed Racer tem que conviver constantemente com os planos sórdidos dos seus adversários que fazem de tudo para ganharem as corridas, entre eles a equipe Acrobática, o Professor Anarquia e a equipe do Carro Mamute. Mas embora o herói tenha uma sede pela vitória, nunca precisou jogar sujo para ganhar.
Em suas viagens, Speed Racer envolve-se em muitos casos perigosos, ajudando a polícia em diversas ocasiões. Freqüentemente o herói é auxiliado pelo misterioso Corredor X, que na verdade é Rex, seu irmão mais velho que fugiu de casa anos atrás para se tornar piloto de corridas e agente da Interpol. Speed Racer tem ainda a ajuda de sua namorada Trixie, seu mecânico Sparky e seu irmão mais novo, o menino Gorducho que vive com seu chimpanzé de estimação chamado Zequinha. Os dois estão sempre fazendo travessuras e comendo enormes quantidades de balas.

OS JETSONS





Os Jetsons, nada mais são do quê "Os Flintstones do Futuro", certo? Bem no início essa pode ter sido a intenção do estúdio Hanna-Barbera, quando lançou essa série animada em 1962, no auge do desenho dos Flintstones. Mas aos poucos Os Jetsons foram conquistando seu espaço e seu público, ao mostrar um dia-a-dia de uma família futurista, que tem acesso as coisas mais fantásticas que a década de 1960 podia sonhar. Home-theather, carros voadores, cidades flutuantes e andróides.
O patriarca da família Jetson, o adorável George Jetson, é um pai esforçado, mas que sempre toma a decisão errada. Trabalhador, ele empenha 3 horas por dia na "Spacely Sprockets", onde tem que enfrentar o estressado e intolerante Sr. Cosmo Spacely, um sujeito que vive oferecendo a vice-presidência da empresa a George se este fizer tudo conforme suas idéias e que tem como maior cliente o Mr. Spendwell. George adora passar o tempo com sua família, em especial jogar Spaceball (sátira do Baseball) junto com seu filho Elroy, ou assistir Hill Stars Blues.
George é casado com a Sra. Jane Jetson, uma dona de casa que está sempre procurando por um novo visual, ou encontrando maneiras de tornar a vida de George mais fácil. Todos os dias prepara grandes jantares, como por exemplo o suco de escaravelhos e medalhões lunares. Jane é membro da "Galaxy Women Historical Society" (algo como Sociedade Histórica das Mulheres Galácticas). O casal tem dois filhos: a adolescente Juddy, que como qualquer jovem de sua idade preocupa-se com namoros e compras, mas também estuda Biologia dos Cyborgs e Astro Matemática; e o pequeno Elroy, um garoto considerado gênio nas ciências espaciais aos 10 anos de idade. Estuda na Little Dipper School e adora as aventuras espaciais de Nimbus.
Junto com a família estão o cachorro  Astro, que não é muito esperto, mas que fala e vive demonstrando seu amor por George toda vez que este chega em casa; e Rosie, a empregada doméstica robô, que é um modelo já fora de linha, mas os Jetsons a adoram e nunca irão trocá-la por um modelo mais novo. Todos vivem em um arranha-céu futurista, no século XXI.
Em sua primeira fase, o desenho durou uma temporada apenas, sendo cancelado em 1963. Duas décadas mais tarde, o desenho foi relançado, sendo exibido de 1984 a 1987. Nessa segunda versão se junta à trupe o estranho Orbitty, uma criatura peluda com molas no lugar de pernas.
No Brasil o desenho não fez tanto sucesso quanto Os Flintstones mas conquistou um público fiel.










domingo, 22 de maio de 2011


Tom & Jerry surgiram no final da década de 1930 quando vieram para as telas dos cinemas pelas mãos de Hanna e Barbera. Com produção da MGM, o desenho que havia sido solicitado pelo produtor Fred Quimby, estreou com o título de Puss Gets the Boot onde os protagonistas eram o gato Jasper e um ratinho ainda sem nome. O curta-metragem foi um incrível sucesso, recebendo aclamação da crítica, do público e uma indicação ao Oscar, dando início às perseguições que se tornariam tão famosas ao longo dos anos. Com o passar do tempo a MGM lucrava cada vez mais com os personagens e a medida em que novos episódios foram produzidos o ratinho recebeu o nome de Jerry e o gato foi batizado de Thomas, ficando conhecido como Tom.
Os desenhos tinham um único enredo: o gato Tom quer a qualquer custo capturar o ratinho Jerry para devorá-lo. Acontece que o felino é muito estúpido e Jerry muito esperto e por isso as coisas nem sempre são tão fáceis para Tom. As perseguições costumavam ser eletrizantes,  sempre acompanhadas de boa música. As armadilhas e maldades que cada um preparava para o outro davam o toque final nessa relação de arqui-inimigos que existia entre os dois. A forma que toda essa briga chegava ao público, fazia tudo parecer uma brincadeira, portanto, se tornava algo leve e agradável.   
Depois de cerca de 200 episódios para o cinema com grande sucesso, ambos foram para a televisão, após um longo período sem desenhos novos. A MGM decidiu trazer de volta a série, com a produção de Gene Deitch e com algumas modificações na animação. Deitch e sua equipe produziram treze episódios entre 1961 e 1962, mas com o fracasso da série na Europa a MGM cancelou o desenho.
Já em 1963 Tom & Jerry entraram numa nova fase, quando tiveram como animador Chuck Jones, que havia saído recentemente da Warner Brothers, ele redesenhou os personagens dando a Tom & Jerry um estilo mais próximo dos Looney Toons, nesta fase os personagens tiveram 34 episódios até 1967. Foi aqui que apareceu o cachorro Spike, que vivia defendendo o Jerry e dificultando a caçada de Tom, pois por ter seu sono perturbado pelo felino acabava batendo nele. Tom fazia de tudo para não acordá-lo temendo apanhar, mas Jerry sempre dava um jeitinho do gato incomodar Spike. Foi nessa fase também que apareceu a dona da casa onde eles moravam, mas ela jamais foi vista dos joelhos pra cima.
Em 1975, depois de uma pausa, a dupla Hanna e Barbera resolveu tomar a frente de uma nova fase de Tom & Jerry. Desta vez, as brigas e perseguições entre os dois personagens ficaram um pouco de lado. Quando foi reiniciada a produção da série, houve uma preocupação com a violência apresentada pelos episódios tradicionais, então para evitar protestos de alguns grupos de pais mais radicais, o gato e o rato agora participariam juntos na solução de mistérios e tramas, Jerry começou até a usar uma gravatinha borboleta! A idéia não foi muito bem aceita e acabou sendo a última vez em que desenhos novos de Tom & Jerry foram produzidos.
Em 1989 o gato e rato voltaram a brigar no desenho Tom & Jerry Kids, só que dessa vez os protagonistas da série animada eram os filhos da dupla.




quinta-feira, 19 de maio de 2011

SCOOBY-DOO


Era época do movimento hippie, com jovens usando calças com bocas largas, visual surrado e usando cores psicodélicas. Na televisão os estúdios Hanna-Barbera atendia a um pedido do produtor Fred Silverman que queria um desenho que trouxesse mistério, comédia e aventura, nascia em 1969 Scooby-Doo Cadê Você?.
O desenho a princípio recebeu o título de "Mysteries Five" (O quinteto do mistério), depois alterado para "Who’s S-s-s-s-cared?" (Quem está com m-m-m-medo?). Fred Silverman, na época chefe de  programação da CBS (emissora que exibia o seriado), sugeriu depois de ouvir a frase "scooby-dooby-doo" na música "Strangers in the Night", cantada por Frank Sinatra, o nome do personagem canino e conseqüentemente o definitivo da série.
O seriado estrelado pelo personagem canino passou por várias fases. Na primeira, o grupo investigava sozinho casos que envolviam mistério. No final da década de 1970, cada episódio contava com a participação de algum astro (versões caricatas de atores e atrizes famosos) e outros personagens da Hanna-Barbera. O casal Sonny e Cher, Os Globetrotters, Don Knotts, a Família Addams, Batman e Robin, o Gordo e o Magro, Dick Van Dyke, Jeannie e Babu e até os Três Patetas foram alguns dos homenageados. Em 1979, ele ganhou um sobrinho chamado Scooby-Loo (Scrappy-Doo no original). A Hanna-Barbera lançou em 1988 uma série que mostrava a infância de Scobby e sua turma.
Scooby-Doo tornou-se um grande sucesso em todo mundo, inaugurando o gênero "terrir" em desenhos animados e influenciou outras produções de caçadores de fantasmas juvenis, tais como: As Panterinhas, O Fantasminha Legal, Goober e os Caçadores de Fantasmas, Shmoo A Foca Fofa, Bicudo - O Lobisomen e Clue Club.
Casas mal-assombradas, múmias, ladrões, mulas sem cabeça, caveiras flutuando, esse é o universo de Scooby-Doo, um cão da raça Great Dane que viaja com um grupo de jovens metidos a detetives num furgão psicodélico chamado Máquina Mistério. O grupo de adolescentes presta serviço para a empresa Mistery Inc., criada pelos próprios detetives, que vivem seguindo pistas em lugares onde a maioria dos jovens da sua idade gostariam de passar longe. Depois de perseguir implacavelmente o suposto fantasma ou criatura que está aterrorizando as redondezas, o grupo põe em prática um plano para capturá-lo e no final chega a conclusão que a tal assombração não passava de alguém mascarado afim de tirar vantagem da fantasia de monstro para um propósito ambicioso. Ao ter seus planos frustrados por Scooby e sua turma, ao vilão só cabe lamentar: "Eu teria conseguido se não fossem esses garotos intrometidos".
Scooby-Doo o grande astro da série, é completamente atrapalhado, morre de medo dos monstros que tem que caçar e tem um apetite insaciável. Mesmo com essas qualidades (!), Scooby-Doo acaba sempre ajudando na solução dos casos,  acidentalmente ou com a ajuda de seu apurado faro; Além de Scooby, o grupo de caçadores de mistérios possuí o metido a líder Fred Jones, um rapaz boa pinta que cria as mais variadas engenhocas para ajudar na solução dos mistérios; Daphne Blake, uma patricinha que geralmente é usada como isca para que os vilões sejam apanhados. Extremamente vaidosa, no meio de uma crise, Daphne é capaz se preocupar com a maquiagem. A personagem foi inspirada na dubladora Indira Stefanianna Christopherson que emprestou seus traços e voz para a criação de Daphne; Velma Dinkley, uma garota muito inteligente que é quase sempre quem desvenda os casos de mistério, mas que não tem sorte com os homens pois não está muito em forma. A única coisa que pode impedir Velma de criar grandes planos para caçar os fantasmas é perder os seus óculos, pois é completamente míope;

Mas o maior amigo do Scooby é magricelo Salsicha, que assim como cão detetive é covarde e faminto, não perdendo a chance de sair correndo no meio de uma perseguição, ou de procurar uma cozinha para fazer um lanchinho.
Anos mais tarde, numa outra versão do desenho, aparece o sobrinho do Scooby-Doo, o Scooby-Loo. Ao contrário do tio, o jovem era corajoso e enquanto todos corriam para o lado contrário do monstro, Scooby-Loo partia pra cima dele com punhos em pé. 






terça-feira, 17 de maio de 2011

OS IMPOSSIVEIS


No dia 10 de setembro de 1966 Hanna-Barbera lançou mais um clássico dos desenhos animados baseado nos costumes da época, dessa vez o estúdio explorava com ironia duas modas da década de sessenta, os grupos de rock e os super-heróis, tratava-se da animação Os Impossíveis.
O programa era exibido na rede norte-americana CBS, junto com outra animação, o Frankenstein Jr. e durou 36 episódios.
Inicialmente, o nome seria The Incredibles, e os primeiros storyboards ainda mostram este título, mas acabou sendo mudado para The Impossibles.

O grupo que protagonizava a série era formado por Coil - O Homem Mola, Multi-Homem e Homem-Fluído, um trio de roqueiros  integrantes de uma banda que esconde secretamente a identidade de um grupo de super-heróis. Quando existe alguma ameaça, a equipe entra em ação e se transforma numa trinca de super-heróis bem divertidos prontos para combater os vilões. O grupo se chamava "Os Impossíveis" tanto em sua versão roqueira como quando exibiam seus super-poderes contra o crime. Já O visual dos heróis antes da transformação era o das bandas da época - todos tinham o penteado "moderno" e movimentavam-se tal qual sua fonte de inspiração.
Coil se tornava uma mola humana, podendo transformar os braços e as pernas em molas, além de utilizar sua flexibilidade para uma infinidade de movimentos. Baixinho e gordinho, o Homem-Mola era sempre o ídolo de todos os meninos baixinhos e gordinhos que assistiam a série; já o Multi-Homem era a imagem do cara desligado da turma, com o cabelo sempre cobrindo seus olhos. O Multi-Homem era capaz de duplicar a si mesmo criando inúmeras cópias iguazinhas uma a outra; e completava o trio o Homem-Fluído que tinha um poder que o fazia virar líquido e escapar das mais seguras armadilhas, além disso sempre usava uma máscara de mergulho completamente inútil.
O trio de heróis cumpria com eficiência as ordens do chefe Big D, que os chamava sempre que um super-vilão surgia para perturbar a paz. O palco portátil onde tocavam se transformava no Impossicar, um veículo voador, e lá iam eles lutar contra os bandidos gritando a famosa frase: "Vamos nós...", que ficou mais conhecida ainda na dublagem brasileira.





O GATO FELIX


Acredita-se que Felix tenha sido criado em 1919 pelo cartunista Otto Messmer, apesar do produtor cinematográfico e também cartunista australiano Pat Sullivan, que detinha os direitos autorais sobre o desenho, se dissesse o criador do gato.
Tudo pode ter começado em 9 de novembro de 1919, quando um personagem muito parecido com o Gato Felix de nome Master Tom, foi feito no estúdio de Pat Sullivan, com direção do caricaturista e animador Otto Messmer, que recebeu o nome de Feline Follies. O sucesso do curta-metragem levou Sullivan a produzir seu segundo trabalho com Master Tom, o The Musical Mews, outro grande sucesso. O produtor John King sugeriu a Sullivan e Messmer mudar o nome de Master Tom, surgindo assim o Gato Felix (felis-gato e felix-sorte). No dia 14 de dezembro de 1919 estreou o terceiro e novo filme do gato já com o nome de Félix, chamado  The Adventures of Felix.
Rapidamente Félix tornou-se um dos personagens mais conhecidos em todo o mundo, suas histórias foram publicadas por 250 jornais diferentes, tornando-se uma celebridade, algo que se intensificou ainda mais quando o felino debutou nos cinemas. Felix ficou tão famoso que Charles Lindbergh pediu autorização a Otto e Oriolo para usá-lo como mascote de seu histórico vôo sobre o Atlântico.
Em 1921, Gato Felix serviu para vender os novos carros da Chevrolet, com anúncios enormes de Felix acompanhados com letreiros em neon, tornando a marca ainda mais famosa em Los Angeles. No ano seguinte  Messmer lançou pela King Features Syndicate uma nova tira de sucesso do personagem e um curta intitulado Felix in Hollywood, vários coadjuvantes apareciam no mundo de Felix, como: Inky, Dinky e Winky, os sobrinhos do Gato Felix; sua noiva Kitty; o rato Skiddoo e Willie Brown.
Seus traços foram aperfeiçoados em 1924 por  Bill Nolan. Naquela época os desenhos do Gato Felix eram distribuídos por Margareth J. Winkler, mas em 1925 Sullivan assinou um acordo com a Educational Pictures que passou a distribuir os desenhos do gato até 1928.
No final da década de 1920, mesmo com as evoluções da época como a chegada do som ao cinema, o produtor Pat Sullivan resolveu esperar um pouco mais para colocar fala no desenho animado, assim o sucesso de Felix entrou em declínio, ofuscado por outro grande personagem das animações, o Mickey Mouse, de Walt Disney, que além de fantástico, falava!

Na época, Sullivan e Messmer não quiseram aderir à produção sonora e Felix ficou ultrapassado. Quando Sullivan decidiu finalmente fazer a transição dos desenhos mudos para os falados, em 1929, o Gato Felix teve seu primeiro desenho com som, o Film Daily, onde o personagem cantava imitando o estilo de Al Jolson, mas foi um verdadeiro fiasco, pois exibiram um áudio de péssima qualidade. Parecia ser tarde demais para recuperar o sucesso de Felix, pois Mickey já tinha abocanhado grande parte do mercado e a iniciativa fracassou, sendo suspensa no ano seguinte.
Sullivan faleceu em 1933. Apesar disso, o gato ficou marcado por ser a primeira imagem a ser transmitida em um receptor de TV. Isso aconteceu em 1928 nos laboratórios da RCA Research Labs, quando foi utilizado um boneco de Felix para efetuar os testes com a Televisão.
Em 1936, o personagem ainda teve desenhos em cores e com som produzidos para o cinema, e depois quase desapareceu, até 1953 quando suas animações cinematográficas começaram a ser exibidas pela TV.
Nos desenhos de Felix o gato chamava a atenção por onde passava por ser uma referência de boa conduta, sempre tratando os que encontrava com muito respeito e gentileza, o tipo de comportamento perfeito para quem queria viver tranqüilo, mas inevitavelmente o bichinho costumava se meter em encrencas.  
Para se livrar de suas enrascadas o gato possuía uma espécie de super-poder bem esquisito, ele utilizava seu rabo, transformando-o em diversos objetos que precisava. Assim, era possível encontrá-lo empunhando uma espada ou uma chave para abrir uma porta, objetos transformados diretamente da sua calda. Às vezes Felix conseguia até mesmo tirar sua calda do corpo. 
De cor preta e levemente curvado, o Gato Felix tinha sempre à mão outro valioso pertence, uma maleta amarela mágica, que ninguém sabe de onde veio. A Bolsa Mágica (Magic Bag), como era chamada, também tinha a capacidade de assumir a forma de qualquer outro objeto, inclusive de alguns muito grandes, como casas ou meios de transportes, elementos que certamente não seriam possíveis de conseguir apenas com sua calda. Por esse curioso poder, a Bolsa Mágica vivia sendo alvo dos bandidos que tentavam levá-la a qualquer custo.
Entre os malvados que tencionavam roubar a tal maleta estava o vilão Professor e seu comparsa Rock Bottom. De bigode branco e carrancudo, Professor vivia em seu laboratório, arquitetando maneiras de conquistar a bolsa mágica. Obviamente, nem sua mente brilhante e nem a ajuda do cachorrão Bottom, lhe faziam ter êxito, pois Felix era muito esperto.
Não bastasse ter que fugir das armações do Professor, o gato ainda precisava driblar os planos do robô Mestre Cilindro (Master Cylinder), uma lata velha mal-encarada que vivia na Lua buscando maneiras de capturar Felix e sua maleta. Cilindro acreditava ser o "Rei da Lua" e ninguém conseguia controlá-lo, nem mesmo o Professor, que já tinha sido seu mestre.
Felizmente o gato não estava sozinho, ele tinha a ajuda de Poindexter, um garoto cientista com QI 222, que explicava tudo de um modo científico e que ironicamente era sobrinho do Professor; além do amigo Vavoom, que usava o seu poderoso "grito" para ajudar o seu companheiro a escapar das mais difíceis situações, pois ao bradar fortemente a palavra “Vavoom” podia quebrar qualquer parede!

Tão logo o sucesso dos desenhos animados do Gato Felix, produzidos por Joe Oriole, despontou nos Estados Unidos em meados dos anos 60, a Tv Tupi trouxe o felino para sua programação.  Nos final dos anos 60, o gato aprontou das suas na Tv Gazeta de São Paulo, antes de se transferir para a Rede Globo onde ficou até a década de 1980.  
O público brasileiro já estava um pouco esquecido do personagem, quando a Tv Record o resgatou na década de 1990 para a sua programação. Também foi exibido pelos canais Rede Brasil, Cartoon Network e Boomerang. 
Por aqui, o bichinho  teve três dublagens. A voz mais conhecida do Gato Felix no Brasil é da dubladora Márcia Gomes, a sua primeira voz em terras tupiniquins. Mas também foi dublado por José Luiz Barbeito e Leda Figueiró.
O seu sucesso no Brasil não foi diferente de outras partes do mundo. Monteiro Lobato chegou a escrever uma história chamada "O Gato Félix", onde um gato impostor, se passa pelo personagem "Félix" dos desenhos animados, a história foi incluída mais tarde, como um capítulo do livro Reinações de Narizinho.  






A FORMIGA ATOMICA


O desenho A Formiga Atômica estreou em 1965, trazendo as aventuras da formiga no programa intitulado “The Atom Ant Show”. A série durou três anos, sendo que no último a pequena heroína dividiu seu tempo nas telinhas com outro personagem da Hanna-Barbera Productions, O Esquilo Sem Grilo. Essa terceira temporada da personagem, com o nome de “The Atom Ant/Secret Squirrel Show” teve apenas 6 episódios.   
A pequenina heroína também teve algumas participações na série A Turma do Zé Colméia.
A personagem também teve sua versão em quadrinhos aqui no Brasil, ela foi um dos destaques da revista Heróis da TV (publicada entre 1975 e 1977) e Astros da TV (publicada no início dos anos 80) da editora Abril. Também nos anos 80, a Formiga Atômica foi publicada, com outros personagens da Hanna-Barbera, pela revista HB Show, da Rio Gráfica Editora.
A Formiga Atômica é um dos personagens da Hanna-Barbera que mais se aproximam dos super-heróis tradicionais, ainda que em forma de paródia. Na verdade ela mais parece o Super Homem com anteninhas e bem minúsculo.
Primeiro super-herói criado pela dupla Hanna e Barbera, a pequena poderosa talvez seja o menor super-herói de todos os tempos, mas isso não importa muito porque ela pode voar, tem super-velocidade e força incalculável, assim, sempre surge quando alguém precisa de ajuda.
Ela mora em um confortável formigueiro próximo da cidade, equipado com um computador do tipo mainframe e uma pequena academia onde a super formiga adora se exercitar com gigantescos halteres, pesados demais até para um Arnold Schwarzenegger. Mas basta suas antenas atômicas detectarem um pedido de socorro, que ela larga o que está fazendo e entra em ação, gritando sua frase favorita: "Lá vem a triônica, a Formiga Atômica". Usando os seus superpoderes a pequena heroína enfrenta mafiosos, ladrões ou qualquer tipo de vilão que possa oferecer perigo a paz na cidade.







sexta-feira, 13 de maio de 2011

A PANTERA COR DE ROSA


Em 1964 foi criada uma série de filmes para o cinema estrela por Peter Sellers, que não tinha muito haver com a personagem da Pantera Cor-de-Rosa que conhecemos dos desenhos animados. O primeiro filme da série, A Pantera Cor-de-Rosa,  narra as aventuras do atrapalhado Inspetor Closeau correndo em busca do diamante que dá nome ao filme. Ele continua seguindo a jóia "pantera cor-de-rosa" por mais algumas seqüências como: A Volta da Pantera Cor-de-Rosa (1975), A Nova Transa da Pantera Cor-de-Rosa (1976), A Vingança da Pantera Cor-de-Rosa (1978)  e os embaraçantes A Trilha da Pantera Cor-de-Rosa (1982) e A Maldição da Pantera Cor-de-Rosa (1983), já sem Sellers no papel principal.



Epodios







A primeira aparição da personagem em animação foi na abertura do primeiro longa-metragem. Friz Freleng e David DePatie foram chamados para criarem uma introdução para o filme, uma espécie de "mini" desenho animado que mostra o Inspetor Closeau correndo atrás da Pantera Cor-de-Rosa, só que, ao invés de desenharem o diamante, fizeram uma brincadeira ao pé-da-letra e desenharam a pantera que todos conhecemos. Apesar de só aparecer por alguns minutos na tela do cinema, a felina agradou tanto ao público que acabou ganhando uma série animada só dela.

terça-feira, 3 de maio de 2011

THUNDERCATS


Na década de 80, surgiram muitos desenhos animados de qualidade. Thundercats conseguiu emplacar como um grande sucesso entre tantos outros já consagrados. O estúdio Rankin/Bass (EUA) foi o responsável pela riqueza de detalhes e a animação de primeira linha que chamaram e chamam até hoje a atenção de qualquer um que assista aos episódios.
Thundercats entrou no ar em 1985, ano que muitos consideram como o ápice dos desenhos animados da década, e estreou já causando furor, conseguindo ficar constantemente entre os líderes de audiência. A série conta a história de sete personagens de uma espécie meio-homem/meio-gato, que fogem de seu planeta natal à beira da destruição, Thundera, para chegar no terceiro mundo - um planeta parecido com a Terra. Neste grupo de felinos estão incluídos Lion, líder dos Thundercats apesar de parecer um tanto quanto inexperiente para isso; Panthro, mecânico e mestre em artes marciais que usa seu nunchaku para combater os seres hostis que encontra; Tygra, o cientista do grupo, possui uma boleadeira com o poder de torná-lo invisível; Cheetara, capaz de desenvolver uma velocidade fora do normal enquanto corre e usa seu bastão acrobático para se defender; Wilykit e Wilykat são as crianças do grupo, dois irmãos que possuem bombas de gás para qualquer eventualidade; e por último, mas não menos importante, Snarf, protetor de Lion e responsável pelo lado mais cômico da série.
Mas eles encontram dificuldades no terceiro mundo, onde habita Mumm-Ra, um ser semelhante a uma múmia que vive numa pirâmide mística, mais especificamente dentro de um sarcófago. Volta e meia evoca espíritos do mal para transformá-lo numa entidade mais poderosa capaz de enfrentar os Thundercats, mas assim que vê seu reflexo em algum lugar, volta ao antigo estado decadente. Junto com Mumm-Ra age um grupo de mutantes vindos também de outro planeta, Plun-Darr: Chacal, Simeano, Abutre e Escamoso.
Os Thundercats tiveram que se adaptar ao seu novo habitat e para isso construíram a Toca dos Gatos, uma fortaleza monumental capaz de abrigá-los e protegê-los de ataques inimigos, graças aos avançados esquipamentos de rastreamento e artilharia. O que merece destaque no arsenal dos felinos é o famoso Thundertank. Construído por Panthro, é capaz de enfrentar quase qualquer tipo de terreno. Possui diversas armas e nele é possível transportar todos os Thundercats. É um veículo versátil e muito original. Aliás, originalidade é um fator constante nesta série animada. Todo o universo criado em Thundercats continua sendo extremamente inovador apesar de produzido há quinze anos. Exemplo disto é a espada usada por Lion para se defender. A Espada Justiceira (Sword of Omens) tem um visual magnífico. Ela traz o Olho de Thundera, símbolo dos Thundercats - e que símbolo! - em posição de destaque, e ornamentos ao seu redor dão o acabamento. Além disto, ela tem poderes muito interessantes. Quem não se lembra de Lion gritando "Thunder, thunder, Thundercats... Hooooo!" enquanto brandia sua espada no ar para chamar seus amigos onde quer que estivessem? Ou então da frase "Espada Justiceira, dê-me a visão além do alcance", que fazia o Olho de Thundera mostrar a Lion uma imagem de algo acontecendo longe de onde estava. São frases que ficaram tatuadas na memória de qualquer fã da série.
Infelizmente Thundercats deixou de ser produzida em 1986, ficando ainda muito a ser explorado por seus criadores. Mas com certeza deixou sua marca no segmento da animação. Este desenho tão denso artisticamente e capaz de gerar tantos produtos no mercado - que variavam de bonecos e veículos de brinquedo a lancheiras e réplicas de plástico da Espada Justiceira ? mostra o quanto que a indústria de animação está devendo ao seu público atualmente. "Thunder, thunder, Thundercats... Hooooo!"

EPSODIOS


PATOLINO


Patolino é um personagem animado da série Looney Tunes da Warner Brothers. Foi o primeiro membro dos personagens “de personalidade excêntrica” que surgiram nos anos 1930 para suplantar personagens “de personalidade comum”, como Mickey Mouse, popular nos anos 1940. Patolino surgiu de modo caricato em 1937, em “A caça ao Pato de Gaguinho” (Porky’s Duck Hunt) e se tornou um dos personagens mais loucos da história dos cartoons. Até ali nunca se tinha criado nenhum personagem assim e foi como resposta à reação positiva ao Patolino que a Warner criou uma faceta mais louca e cômica. Pelas mãos de Tex Avery, Bob Clampett, Frank Tashlin, Friz Freleng, Art Davis e Robert McKimson, este pato negro tinha de ser a estrela num dos desenhos mais famosos de todos os tempos. Nos primeiros anos, Patolino foi um pato hiperativo, agressivo e dominante. Ao contrário do Gaguinho que foi brando amaneirado e tímido. Eles formaram uma dupla estabelecida e fizeram muitas aparições juntos. A audiência facilmente relacionava esta luta épica entre o pequeno pato preto imprevisível e este porco agradável e bochechudo. A seguinte grande modificação em Patolino veio quando Chuck Jones o juntou com o Pernalonga. O Patolino passou de um pato neurótico a um pato pensador. A sua personalidade é agora a astúcia, a conspiração, gananciosa e um tanto agressiva em alguma das suas diligências. Isto ficou bem com a conduta fresca, pensadora de Pernalonga, e fez um conflito que ainda vive até hoje.Mesmo com todo seu planejamento difícil, Patolino nunca pareceu sair no topo. A sua atitude egoísta “dos meus”, com relação à sua fome da prosperidade, foi sempre a queda de qualquer plano bem posto. O que fez isto uma boa combinação com o seu público foi o fato que eles podem relacionar-se a ambos os lados. A voz foi criada por Mel Blanc, com o objetivo de ser uma imitação do produtor Leon Schlesinger, que o achava extremamente engraçado, nunca percebendo que era uma paródia à sua própria voz, mas Blanc afirmou em sua auto-biografia que ele imaginou a pronúncia por causa da grande mandíbula do pato. Depois da morte de Blanc, o pato foi dublado por Jeff Bergman (1990-1993), Greg Burson (1993-1996), Dee Bradley Baker (no filme Space Jam) e desde 1996 é dublado por Joe Alaskey. Em Portugal, é dublado por Carlos Freixo. No Brasil, foi dublado por Waldyr Santanna, Carlos Marques, Orlando Drummond, e desde 1996 é dublado por Márcio Simões (que também faz Frajola).




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FANTOMAS


Fantomas é um dos mais famosos heróis dos quadrinhos no Japão. Originalmente chamado de “Ogon Batto” (Morcego Dourado), foi objeto de uma série animada em 1967, produzida pela Daichi Doga, num total de 52 episódios. A série foi transmitida em diversos países incluindo Austrália, Itália e Brasil, onde fez muito sucesso.
Trata-se de um super esqueleto humano que anda com uma clava na mão e que se anuncia através de uma risada macabra. Foi criado há milênios atrás pelos sacerdotes do continente perdido de Atlântida. O lugar estava sendo aterrorizado pelo Dr. Morte e criou-se um ser equivalente, que pudesse enfrentar o vilão. A única diferença entre os dois é que a clava do Dr. Morte pode se transformar em uma serpente.

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TORO E PANCHO



- Hey Toro ?
- O que é Pancho ?
- O Gafanhoto está chegando
- Obaaa....vamos come-lo.

A dupla de paspalhões do brejo vivia tentando capturar e comer o gafanhoto, mas sempre se davam muito mal. Como sempre o gordo era o mandão e o magro o bobão. Uma versão do brejo do gordo e o magro. A série foi criada nos anos 60 pela produtora Depatie Freleng e era apresentada junto com o desenho da Cobrinha Azul.

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